segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ásia "esgota" o planeta

Uma nova revolução “verde” é necessária na região da Ásia-Pacífico para que haja um eficiente uso dos recurso a fim de salvaguardar as populações e os países durante este século, revela o relatório do Programa do Ambiente das Nações Unidas.

Este novo relatório sugere que o consumo de bens materiais per capita, como combustíveis e materiais de construção, necessita de ser cerca de 80% menos do que os actuais de forma a garantir um desenvolvimento sustentável.

Nas últimas décadas diminuiram os níveis de pobreza e aumentaram os de riqueza, no entanto, tudo isto tem um preço a nível ambiental, como o aumento da emissão de gases com efeito de estufa, a perda de biodiversidade, a deterioração de ecossistemas e o esgotamento dos recursos naturais.

O total de materiais consumidos durante o ano de 2005, onde foram incluídos os combustíveis, biomassa, metais e os materiais industriais e de construção, rondaram os 32 biliões de toneladas para aquela região. Sem qualquer plano de sustentabilidade no seu desenvolvimento poderão alcançar os 80 biliões de toneladas em 2050, cerca de dois terços do consumo global.

Actualmente,  esta região consome mais de metade dos recursos usados em todo o Mundo devendo-se ao facto de ter mais de metade da população mundial. Nas próximas décadas, poderá vir a ser o mais importante consumidor global e ser o maior responsável pelos impactos ambientais como a falta de recursos, poluição e as alterações climáticas.

O relatório sublinha que esta região tem enormes oportunidades para reduzir, dramaticamente, o seu consumo de recursos, através da criação de novas indústrias “limpas” e da implantação de energias renováveis,

No restante mundo, a eficiência no consumo dos materiais tem melhorado.


Por fim, o relatório alerta para a questão do consumo e armazenamento de água na região. Toda esta região tem ultrapassado os níveis limite da retirada de água, sendo a situação muito grave em países como o Uzbequistão, Turquemenistão e Tajiquistão. Nestes países a retirada de água é superior à que a natureza consegue repor.

De acordo com especialistas, a transição para um sistema industrial sustentável terá de passar por novas formas mais eficientes de utilização dos recursos naturais, políticas de apoio ao uso eficaz de recursos e a sistemas de inovação, impostos ecológicos entre outros.





Ler mais em :
http://aeiou.expresso.pt/china-e-russia-esgotam-materias-primas-a-velocidade-da-luz-video=f675397#ixzz1YzHmPbbd

http://www.unep.org/NEWSCENTRE/default.aspx?DocumentID=2653&ArticleID=8868

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ser ou não ser (português)

Hoje resolvi trazer uma conhecidíssima frase da peça"A Tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca" de William Shakespeare, "Ser ou não ser, eis a questão".
Esta frase, que remonta ao ano de 1600, vem de encontro ao dilema que a nossa sociedade enfrenta nos dias de hoje: ser ou não ser português.

O típico ser português é muito fácilmente reconhecido, e ainda mais num encontro entre pessoas de várias nacionalidades. É o único que está constantemente a queixar-se, ora do tempo, ora do espaço, ora do país, ora de tudo... Mas podem fazer-lhe qualquer pergunta que ele é um "expert" em mandar "bitaites" sobre tudo e então quando se chega ao Santo Graal do conhecimento (claro está que estou a falar do futebol) somos os reis! Também somos muito bons a falar de nós, principalmente da nossa casa ou das nossas férias, da roupa que vestimos, dos amigos que temos, falamos muito e fazemos nada...

Agora a juventude só pensa em se divertir, em sair e em beber, como se o dinheiro fosse infinito... e a Crise? Essa não existe para o jovem comum, se existe é para os pais deles! Estudar? Sim, devagar, devagarinho, de forma a se poder aproveitar ao máximo toda a vida académica e a fazer com que os "velhotes", sim porque muitos deles só deixam de ser sustentados pelos pais quando estes já têm sessentas e mais anos, paguem as contas...

O ser português caiu em desgraça, gostamos de criticar e de aproveitar cada oportunidade para o fazer. No fundo, não gostamos do nosso país, do que por cá se passa nem naquilo em que se tornou.
Não gostamos daquilo que é, mas somos bons a arranjar soluções? Isso não... somos antes muito bons a criticar! Aliás, somos tão bons nisso que apelidamos aqueles que são fora do "normal", porque trabalham e se empenhamm, como "nerds" ou "crânios" e lhes colocamos o rótulo de "pôr de parte".

Fazemos questão de querer manter a nossa "normalidade" acima de tudo, como se fosse esta a mentalidade que irá solucionar os nossos problemas e que nos irá fazer sair desta situação. Como gostamos de viver enganados!

Chegou a altura de deixar de querer viver numa casota de palha e ambicionar vôos mais altos! E para que tudo isto aconteça é necessário trabalho e esse também não é o nosso forte...

Chega de dizer mal do que é nosso e do que foi erguido ao longo do último milénio, é altura de cada um partir em busca do conhecimento, aproveitar ao máximo todas as suas capacidades de forma a que se sinta realizado. Estar constantemente à procura da "excelência" e admirá-la, pondo de parte o "culto à estupidez".

Nos dias de hoje ser bom não seja, só através do cultivo de um ideal de trabalho e dedicação é que poderemos reerguer o nosso país.
Espalhem esta mensagem para que as pessoas saiam desta profunda indiferença e apatia pelos seus objectivos de vida e pelo país.


Voltem a ser Portugueses!



sábado, 17 de setembro de 2011

O lixo extraterrestre!

Em média cada um de nós produz 219 kg de lixo por ano. Mas com o evoluir dos tempos, novas tecnologias emergiram e com elas novos tipos de resíduos. Uma espécie de lixo em particular começa a preocupar os cientistas a nível mundial: o lixo espacial.



Sempre que algo é enviado para o exterior do nosso planeta, quer sejam naves tripuladas ou satélites, são  libertados destroços, partes utilizadas apenas no lançamento, partes que não são supostas regressar à terra, ou até resíduos de missões mal sucedidas que acabaram por contribuir para o amonte de lixo orbitante.
Ora bem, estes resíduos representam um perigo uma vez que existe a possibilidade de que satélites em funcionamento ou naves tripuladas embatam nestas estruturas e se produza uma catástrofe, e até mesmo o risco, como recentemente surgiu na comunicação social, de que percam velocidade e acabem por cair na terra! Falo do UARS (Upper Atmosphere Research Satelite), em órbita há 20 anos e inactivo há 6, que está na eminência de cair na terra entre finais de Setembro e Outubro. Dizem os cientistas que a maior parte do satélite deverá arder graças às forças de atrito provocadas pelo ar durante a reentrada na atmosfera, e a probabilidade de atingir alguém é de 1 para 3200, sendo que o mais provável é mesmo que caia em zonas desertas do planeta.

UARS

Mas concretamente de que tipo de detritos falamos?! Num total de 16000 artefactos:
  • 9000 detritos fragmentados, como pedaços de naves e satélites
  • 3000 veículos espaciais, que foram utilizadas em todas as missões de lançamento que não com vaivém
  • 800 foguetes utilizados para armazenar o combustível utilizado na subida ao espaço
  • 800 detritos de missões, o que inclui cabos, parafusos, ferramentas, etc.

Tudo isto resulta do acumular de resíduos deste 1957, quando começou a corrida espacial com o Sputnik 1.
Entretanto estão a ser desenvolvidos meios de recolha deste lixo, quer seja por arpões, ímanes ou guarda-chuvas gigantes que consigam abarcar os detritos menores, e a menos que queiramos ter chuvas metálicas é bom que consigamos desenvolver estas técnicas rapidamente!

País ou não-país?

O que define se um país é ou não país? Não é o povo que mora nele, uma vez que se assim fosse países como a China, Índia, Indonésia, Nigéria e Rússia se desmantelariam em vários, cada um com uma língua, religião e história próprias.

A resposta oficial a esta pergunta encontra-se na Convenção Internacional de Montevidéu de 1933. Segundo esta, um Estado tem "uma população permanente, território definido, governo e capacidade de entrar em relação com outros Estados".
Mas acaba por não ser só isto, já que para haver relação com os outros Estados é necessário que estes o reconheçam como tal, o que nem sempre acontece. Assim, ser um país não é só uma questão técnica mas também é uma questão política.


A ONU é a sede onde se tomam todas estas decisões. Para passar a ser reconhecido como país precisa da aprovação de, pelo menos, dois terços dos votos da Assembleia Geral da ONU e ainda a aprovação do Conselho de Segurança que é formado pelos Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia.

Taiwan foi o local escolhido pelo nacionalista Chiang Kaishek para se refugiar, após ter perdido a Guerra Civil Chinesa. Com uma população de 23 milhões de habitantes, uma pequena fracção de população chinesa, um PIB per capita igual ao de Alemanha e o 18º maior orçamento militar do Mundo, continua a não ser reconhecido como país embora já haja algumas entidades que o façam:



Na pesquisa do ranking mundial de Ténis, podemos seleccionar a opção "Taiwan" para ver os jogadores classificados deste "país"



Outro exemplo encontra-se num dos países mais corruptos de Mundo, a Somália. Desde 1991 que não tem um governo capaz de controlar o seu território, vivendo numa completa anarquia a par de um grave problema de fome.

No entanto, no noroeste do país fica a "Somalilândia", uma região que tem um governo e uma moeda próprios mas que não é reconhecido...



O Sudão do Sul é o mais recente país, tendo sido proclamada a sua independência no passado dia 9 de Julho. No entanto, pode não ser o único a emergir no mapa este ano.
A Palestina vai apresentar, este mês, a sua candidatura à Assembleia da ONU tendo já a aprovação de quase 130 dos 193 países (dois terços). Só que os Estados Unidos, como membros do Conselho de Segurança, deverão vetar esta candidatura e, por isto, acabará por continuar a não ser reconhecido.


Os países mais pequenos no Mundo têm algumas curiosidades: o Liechtenstein não tem exército, a língua oficial do Vaticano é o latim e apresenta uma população de apenas 800 habitantes, o Mónaco tem a maior densidade populacional do Mundo e, pelos vistos, há quem fale "monegasco".





Fontes: http://www.atpworldtour.com/Rankings/Singles.aspx
            Revista "Super Interessante", número295, Setembro, Brasil

domingo, 11 de setembro de 2011

Viajando pelo 11 de Setembro

Passam hoje 10 anos desde aquele fatídico dia que viria a mudar a forma como vemos o Mundo.
Cada pessoa terá o seu relato de como viveu o acontecimento, eu vou contar-vos o meu.



Já tinha almoçado e encontrava-me na rua, a brincar com um papagaio de papel e a aproveitar aquele que seria um dos meus últimos dias de férias. De repente, a minha mãe aparece à janela e grita: "Vem ver, as Torres Gémeas estão a arder", sem ter ainda qualquer ideia do que se passava por detrás de tudo aquilo.
Tinha 10 anos e há muito poucos episódios dessa altura que consigo recordar com tanto pormenor como este. Lembro-me das imagens das Torres em chamas, assisti em directo ao impacto do segundo avião e depois à queda das Torres. Foram imagens que me impressionaram e que jamais irei esquecer, que me fizeram questionar sobre como é que aquilo tinha acontecido e logo nos Estados Unidos, o país que é considerado o mais poderoso do Mundo e que apresentava vários dos edíficios mais conhecidos do planeta.

Os meus pais haviam lá estado no topo alguns anos antes e eu vi, muitas vezes, as fotografias lá tiradas. Por causa disto, tinha criado o sonho de as visitar e cheguei a fazer desenhos onde as incluia.
Tinham acabado de me "destruir" um sonho e, muito mais importante que isso, tinham atingido o coração dos Estados Unidos da América!

Passaram dias e dias a falar sobre este acontecimento. Acho que nunca mais vou repetir a sensação de acordar, almoçar e jantar sempre a ouvir o mesmo, as notícias do desastre e o somatório das vítimas.

Voltando à realidade, somaram-se 2996 mortes, fora os imigrantes ilegais que lá se encontravam a trabalhar e que os Estados Unidos fizeram questão de esquecer. Esses, para além de terem sido vitímas do maior atentado de sempre, ainda foram alvo de discriminação pois está claro que naquele país não pode existir ilegalidade...

Foram somados triliões de dólares em prejuízos, quer directamente pela destruição das infraestruturas quer indirectamente pelo pagamento de indemnizações ou mesmo pela diminuição dos turistas e pela queda da bolsa.

Para além de tudo isto, vimos abaladas as nossas convicções, porque, afinal, nem os Estados Unidos estão livres do perigo!
Em qualquer altura, em qualquer lugar podemos ser alvo de qualquer tipo de atentado. Num segundo vivemos o nosso dia-a-dia, no segundo seguinte morremos às mãos de terroristas... Isto dá realmente que pensar.

Após isto, a sociedade mudou! Foram implantadas novas medidas de segurança em aeroportos, dentro dos próprios aviões, nas fronteiras, em todo o lugar...
Foi lançada a guerra ao Terrorismo (ou ao petróleo, ups), que acabou com a invasão do Afeganistão e mais tarde do Iraque.

A segunda parte deste artigo leva-nos a isto, às mortes pós-atentado.
Morreram mais de 500 000 pessoas nestes conflitos, um número 166 vezes superior (!) ao de vitímas do dia 11 de Setembro mas destas pessoas não fica um nome, um minuto de silêncio, uma homenagem.

É também a estas pessoas que eu também presto a minha homenagem. Aquelas que viram o seu destino traçado após o atentado e que acabaram por morrer ou sofrer ferimentos para o resto da vida.
Aos soldados mortos a combater uma guerra que não era a sua mas que foram obrigados a enfrentar. Também aos bombeiros mortos em serviço, que nem tiveram direito a ser lembrados hoje, tendo uma cerimónia marcada para outro dia.

Somam-se ainda milhões de pessoas desalojadas que foram obrigadas a mudar de lugar, deixando para trás casa e família destruídas mas como nada disto é filmado, não são alvo de apoios.

Sei que também não posso prestar a devida homenagem a todas as vitímas mas talvez consiga mostrar o "outro lado", deste dia, que pouca gente vê...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Afinal o "bullying" faz bem

"Bullying" é o termo utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, de forma intencional e repetida que causam dor e angústia.
O termo, ultimamente bastante utilizado, atormenta qualquer pai mas uma nova linha de pesquisadores afirma que não pode ser assim.





Brincadeiras como gozar com o "nerd" da turma, rir do cabelo cortado ou implicar com algum colega por causa de algum brinquedo passaram a ser sérias e a ganhar um nome sério, o "bullying".
Os investigadores afirmam que não é correcto andar à pancada, nem que apanhar faz bem mas no entanto uma certa pressão psicológica e física faz parte dessa idade e é uma importante preparação para a vida adulta.
Quando as crianças saem do conforto do lar para ir para a escola descobrem que nem sempre as suas vontades são atendidas e precisam de desenvolver as suas capacidades para negociar um brinquedo ou o lugar para se sentarem. Sem isto, será muito mais difícil lidar com o patrão com os amigos e com outros problemas da vida.

Um estudo realizado com 2 mil crianças entre os 11 e os 12 anos, por uma universidade de Los Angeles, mostrou que aquelas que tinham um rival na turma eram vistas como mais maduras pelos professores. As meninas que reagiam a alguma brincadeira menos própria eram consideradas donas de uma maior competência social e os meninos que tinham inimizades eram melhor comportados.
Nestes casos não havia agressões físicas, sendo que as crianças aprenderam a reagir ao menosprezo, pressão e sarcasmo de que eram alvo e ainda ganharam um certo "status" nas escolas por apresentarem uma maior capacidade em lidar com os problemas.

A recente onda de crimes criou o receio de que as crianças e adolescentes não saibam reconhecer aquilo de que são alvos levando à intervenção de pais, professores e até mesmo casos de polícias para acabar com desavenças na escola.
Esta atitude, chamada de "superprotecção" por parte dos investigadores, revela que os adultos se esqueceram por aquilo que passaram enquanto crianças. Só quando a briga se repete e sai sempre derrotado o mesmo é que os pais devem intervir.

Mudanças repentinas como a queda do desempenho escolar, o aumento da agressividade ou mudanças do humor são sinais importantes Se o problema não for resolvido, o problema poderá estender-se para o resto da vida gerando situações de dificuldade de relacionamento social e baixa auto-estima, tornando-se até vítimas de bullying no trabalho.

Aliás se toda a gente reflectir sobre o seu dia-a-dia aperceber-se-á de que estamos, constantemente, a ser vítimas de "bullying" seja pelo patrão que nos exerce uma pressão para trabalharmos eficazmente, seja pela família que nos pressiona para os melhores resultados escolares ou indirectamente para arranjar forma de a sustentar. Temos ainda a pressão da sociedade que, muitas vezes, gosta de opinar sobre a vida dos outros ou ainda a pressão exercida pelo governo com as constantes medidas contra crise.

A etapa por que passamos enquanto crianças, ajuda-nos a sair da zona de conforto e quem não sair não saberá lidar tão bem com os problemas por ter passado a infância à sombra dos pais...


Fonte: "Super Interessante" Agosto, Brasil

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Redes sociais, o futuro da sociedade?

Vivemos num Mundo onde "reinam" as redes sociais e prova disso é a marca agora alcançada pela maior delas, o Facebook, com mais de 1 bilião de páginas visitadas segundo um serviço de estatísticas do Google.
Este número (nada mais, nada menos do que um 1 seguido de doze 0!) deve-se aos seus cerca de 870 milhões de visitantes que correspondem a 46% das pessoas que usam a Internet.



Tudo isto para mostrar a nossa "dependência" por um "mundo" que de social e real tem pouco. Quase todas as pessoas têm um perfil ou página, na qual partilham a sua vida através de fotos, textos, vídeos, muitas vezes sem qualquer cuidado em salvaguardar determinadas informações, a fim de se obter um "gosto" ou ganhar mais "amigos".

No fundo, deixámos de viver o nosso dia-a-dia em função das nossas responsabilidades e interesses para antes nos guiarmos por um mundo virtual que é baseado num contacto com o computador.
Cada vez mais, trocamos o convívio pessoal por ´"convívios" virtuais levando a um desenquadramento da sociedade e consequentes repercussões a nível intelectual e comportamental.


São os adolescentes e os jovens os principais interessados e alvos destas redes sociais e, por isso, há que estar bem cientes do impacto e dos riscos que estas podem ter.
Cada vez mais os horários escolares estão mais pesados e juntando a isto, em muitos casos, actividades extra-curriculares apenas possiblita 2 ou 3 horas de tempo livre em casa. Se estas horas forem passadas em frente a um computador podemos aperceber-nos do papel educacional (ou não) que este pode desempenhar.

Uma máquina passa a exercer as funções dos pais, e através dela,  muitas outras pessoas desconhecidas. Há vários perigos a ter em conta: como o de burlas em que as pessoas tomam o nome de firmas e pessoas falsas, a "alienização" da vida quotidiana, depressões, a visualização de conteúdos impróprios como pornografia, violência, drogas, crime, o contacto com pessoas suspeitas. Aliás nos dias de hoje tornou-se muito fácil a qualquer pessoa criar uma página fazendo-se passar por outra e através dela conseguir programar encontros como se ouve muitas vezes nos noticiários resultando em raptos e casos de pedofilia.

Cabe aos pais zelar pela educação e protecção dos seus filhos e isto passa por um controlo e vigilância dos conteúdos que estes abordam e informá-los dos perigos que a Internet, e não apenas as redes sociais, podem ter.
É preciso estar alerta e não pensar que só acontece aos outros e incutir um já velho ditado "de não falar com estranhos (pessoas desconhecidas). Há outras medidias que podem ser tomadas como a limitação e proibição de determinados sites e educar os filhos a verem o computador como uma ferramenta de trabalho e uma poderosa fonte de informação com um enorme papel na sua aprendizagem e não apenas como uma fonte de lazer e de jogos.

Claro está que as redes sociais trouxeram benefícios indiscutíveis para a sociedade possibilitando a divulgação de diversas marcas e produtos, permitiu a aproximação da população mundial (globalização) através do "encontro" entre amigos distantes e o reencontro de colegas antigos. Têm um enorme papel na discussão de vários temas e na troca de informação nomeadamente de doenças raras através da criação de grupos e comunidades.
Todo este fanatismo levou à criação de muitos anúncios que são divulgados por estas redes e que têm permitido aos fundadores destas redes ganhar grande fortunas.

Cabe a cada um gerir o seu tempo da melhor forma possível e aproveitar os benefícios das redes sociais sem cair na sua dependência, perceber o papel que estas têm e que vão continuar a ter e estar bem ciente dos riscos existentes.





Fontes: http://www.publico.pt/Mundo/facebook-atinge-um-biliao-de-paginas-visitadas_1509208

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Frankenstein do século XXI


Toda a gente conhece a história da criação que mata o criador! Ora, com a velocidade a que a ciência e a tecnologia evoluem, surgem questões que nos fazem pensar... Uma delas é mesmo: será que algum dia a capacidade intelectual de uma máquina, como um computador, poderá ultrapassar a do seu criador? A afirmação à pergunta é assustadora e remete-nos o pensamento para cenas cinematográficas como as do “I, Robot” ou do The Terminator!

Pois é, os cientistas tendem a criar máquinas robotizadas cada vez mais “perfeitas", cada vez com mais e melhores gadgets e habilidades. Está-se a caminhar no sentido da consciencialização e inteligência em robots! O que no passado era um simples quebra-nozes pode no futuro ser um robot multi-tasks com pensamento e sentimentos preparado para nos “quebrar” um olho porque não o limpámos convenientemente… Demasiada imaginação? Talvez… o tempo o dirá!

Hoje, existe já um robot, o Watson, criado pela IBM para responder a “qualquer” pergunta. Foi posto à prova num concurso de televisão Norte-americano e mundialmente conhecido: Jeopardy!, onde foi capaz de derrotar os melhores concorrentes do programa, ganhando o primeiro prémio, 1.000.000 de dólares. 
 
3º programa em que o Watson participou - parte 1

3º programa em que o Watson participou - parte 2

Ora bem, este ainda não é bem um exemplo de inteligência artificial pois o Watson não sabia as respostas às questões porque leu nalgum lugar, mas sim porque os humanos lhe deram uma gigantesca base de dados com enciclopédias, dicionários, artigos noticiosos, obras literárias, etc.…


No que diz respeito ao audiovisual, duas multinacionais já desenvolveram máquinas com conteúdos 3D sem a necessidade de óculos! No futuro serão os projectores holográficos.

Roupas que nos tornam invisíveis, carros que levitam, visão raio-X em óculos, parecem bastante ficção científica mas constituem actuais projectos de investigadores de todo o mundo!

Como ainda não foi criada uma máquina do tempo, resta-nos esperar para ficarmos espantados com o que aí virá, tal como os nossos antepassados devem ter ficado quando viram pela primeira vez uma lâmpada eléctrica ou uma televisão!

Fonte:  CNET news

Emigrar? Para onde?

Para qualquer português, ligar a televisão, está a tornar-se um autêntico sofrimento. Todos os dias, em todos os noticiários, somos confrontados com constantes medidas que afectarão o nosso dia-a-dia e as consequências dessas mesmas medidas. No fundo, apodera-se de nós um desespero por nada podermos fazer contra isto, por não sabermos o que nos espera e pior do que a própria "crise", é a perda da esperança e da confiança naqueles que nos governam.

Emigração

Dito isto, não é de admirar que muitos portugueses vejam a hipótese de emigrar como uma possiblidade a ter em conta (alguns como a única mesmo).

Um estudo realizado pela empresa de estudo de mercados internacional (GfK) que abrangeu 29 países, revelou que 43% da população portuguesa activa está à procura de outro emprego e cerca de três em cada dez portugueses estão mesmo dispostos a procurá-lo noutro país. Destes, 54% têm entre os 30 e os 39 anos e 42% têm formação superior.
De acordo com o estudo, esta percentagem é mais acentuada junto dos jovens trabalhadores, entre os 18 e os 30 anos (40 por cento). 25% coloca ainda a hipótese de vir a mudar de carreira.

«Os nossos resultados indicam um risco de ‘fuga de cérebros’ no próximo ano, o que originará problemas significativos para as empresas e para os países que procuram recuperar da recessão», explicou o director-geral da GFK Portugal, António Gomes.

«Um terço dos empregados na área de Investigação e Desenvolvimento está também disposto a mudar de país – precisamente os postos de trabalho que muitos países identificam como cruciais para a sua recuperação», frisou.

Em Portugal, este estudo foi realizado durante os dias 11 e 22 de Fevereiro, com uma amostra de 547 indivíduos.


Mas para onde ir?

O Índice de Desenvolvimento Humano, elaborado anualmente pelas Nações Unidas, analisa parâmetros como a sáude,  igualdade entre os sexos, educação e a liberdade política de 169 países.

Pelo oitavo ano consecutivo (!) é a Noruega que lidera a lista, apresentando uma esperança média de vida de 81 anos, um rendimento médio per capita de 41 848euros e um percurso escolar de 12 anos.
O "top 5" inclui ainda a Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda.
No outro extremo temos o Zimbabué que tem uma esperança média de vida de 47 anos e um rendimento per capita de apenas 125euros.

Falando em particular de alguns parâmetros o Liechtenstein lidera em termos de rendimentos per capita com o valor de 57 022euros enquanto que o Japão lidera em termos de esperança média de vida com cerca de 83,6 anos.


Portugal aparece em 40º lugar, sendo que se vive melhor em países como a Eslovénia, Eslováquia, Bahrein ou Quatar.

O Leste da Ásia e a zona do Pacífico tiveram o melhor desempenho do Mundo durante os últimos 40 anos, apresentando o dobro das conquistas em relação ao resto do Mundo e, como a tendência se continuará a manter, em breve alcançarão os países do topo da lista. A China apresenta, inclusivamente, o 2º melhor desempenho desde 1970, altura em que foi realizado o primeiro estudo.




São os mais jovens da nova "geração à rasca" que apresentam as melhores hipóteses para sair do país uma vez que muitos deles ainda não constituiram uma família, apresentam um espiríto aventureiro, estão mais instruídos, ainda têm idade para arriscar e vêem o seu futuro em Portugal como algo muito incerto.

Temos ainda os "génios" que à falta de condições e oportunidades em Portugal vêem quase "obrigada" a sua ida para o estrangeiro não contribuindo, por isso, para o desenvolvimento e recuperação do seu país.


Mas emigrar ou não já deixou de ser uma questão de patriotismo e passou a ser uma questão de subsistência...

Quer fiquem ou não, por favor, não liguem a televisão!



Fontes: http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=22319
             http://aeiou.visao.pt/ha-39-paises-melhores-para-se-viver-do-que-portugal=f578200

sábado, 3 de setembro de 2011

A ciência dos preços

Numa altura em que o poder de compra em Portugal se encontra em níveis muito baixos, cerca de 20% abaixo da média europeia, e continuará a descer para minímos históricos face às medidas postas em acção pela "troika", saiba os truques que os consultores de preços executam de forma a tentar salvar o comércio.


Diversos produtos são lançados com um preço bastante elevado para a maioria dos consumidores. Mas quando um produto surge com um preço muito mais elevado e com características quase iguais (com um tamanho um pouco maior, ou com mais uma função) o consumidor vai achar o preço do produto mais barato mais interessante.
Este fenómeno é chamado de "ancoragem", no qual as pessoas são, inconscientemente, influenciadas por outros números relacionados quando estão a fazer a estimativa do valor numérico de algo.

Outra táctica utilizada passa pelo chamado "menu induzidor" no qual um restaurante por exemplo cobra por um bife com batatas fritas 5 euros se for pequeno, 7 se for médio ou 7,50 se for grande. Se a fome for grande tenderá a escolher o maior uma vez que é proporcionalmente mais barato.
O restaurante pode cobrar menos, pois a quantidade de comida no prato não interfere assim tanto no custo (há outras partes envolvidas como a mão de obra, água, electricidade, gás). Cobrando menos o restaurante leva-o a pedir o maior prato.Este fenómeno faz parte de um conceito largamente usado para conquistar o consumidor: o preço não linear.

O preço não linear é o fenómeno no qual o preço final que se paga não sobe proporcionalmente à quantidade de produtos e serviços que leva.
É o famoso "compre 2, leve 3" que vemos espalhado por todo o lado. É uma forma de reter os clientes que poderiam trocá-los por outras marcas, ou seja, gasta menos naquele momento para tornar a gastar ali mais tarde.
O consumidor é persuadido a gastar mais em nome da "poupança" sendo que o problema é que não está, necessariamente, a economizar. É uma decisão racional mas algo limitada visto que  dinheiro que gastámos a mais poderia ser gasto noutras coisas.


Por exemplo quer comprar 2 pastas de dentes, uma para usar já e outra para reserva sendo que o preço de cada embalagem na farmácia é de 2,50 euros. Mas a farmácia vende 5 pelo preço de 4, ou seja, por 10 euros. Então decide aproveitar a promoção e gastar 10 euros. Se fez uma boa compra? Possivelmente. Se sai satisfeito? Talvez. Mas quem sai mais satisfeito é o dono da farmácia que fez com que pagasse 10 euros em vez dos 5.

Não use o cartão de crédito. Quando paga em dinheiro apercebe-se de que está a ficar sem ele o que já não acontece quando usa o cartão. As pessoas que usam o cartão de crédito tendem a gastar mais 18% do que os que pagam a dinhheiro, afirma um estudo americano.
Pesquisadores dizem que um preço temrinado em 0 é mais fácil de ser lembrado uma vez que é um número redondo, sendo esta a razão pela qual existem tantos preços acabados em 99,
Mas não são só os números que actuam no nosso inconsciente, as vírgulas e os pontos também. Por exemplo 20.000,00 euros parece maior que 20000 euros ou 20 mil euros...



Fonte "Super Interessante" Agosto, Brasil

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Estado sem moral

Diariamente ouvimos falar de mais medidas de austeridade aprovadas pelo governo mas estas medidas são desastrosas apenas para uma classe que vai ter que apertar mais 5 buracos no cinto que as outras: a classe média.

Os ricos não se preocupam porque pagar uns trocos a mais no IRS (como foi proposto pelos milionários franceses e alemães) não lhes fazem diferença, pois o imposto é cobrado no rendimento sem ter em conta a fortuna já arrecadada, sem mencionar o património destas famílias que são impossíveis de inventariar (jóias, obras de arte, etc.) Mas uma vez mais, a mesquinhice e a tendência portuguesa de olhar unicamente para o seu umbigo vem ao de cima! Os estudos realizados pelo “Jornal de Negócios” e “Económico” revelam que grande dos portugueses abastados não se mostram compreensivos com o facto de poderem vir a pagar mais para ajudar na resolução da crise.

Os pobres afligem-se mais, mas não demasiado. Estes são os que mais precisam de ajuda, não faria sentido acrescentar-lhes mais impostos sabendo de antemão que não os poderiam suportar. Podem dormir descansados, isentos de impostos extraordinários mas com uma certeza: os pobres em Portugal serão sempre pobres.

Só nos resta uma classe em quem cortar. Vamos ao bolso da classe média arrebatar a maior fatia de impostos, deixando várias famílias à beira do colapso financeiro e criando uma população empobrecida, igual ou pior do que a que existia não há muitas décadas atrás. São estas as famílias que se têm que preocupar e reclamar! Muitos trabalhadores honrados poupam e cortam em tudo o que podem enquanto o Estado gasta 50% da riqueza nacional. Enquanto quem manda não der o exemplo e começar a cortar realmente com a despesa não têm moral de exigir um derradeiro sacrifício das pessoas querepresentam!


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Comprimidos como protector solar?

Todos os anos surgem em Portugal cerca de 10 000 novos casos de cancro da pele. O cancro da pele é o tipo de cancro mais frequente nos indivíduos de raça branca (caucasiana). A exposição excessiva ao sol é considerada a causa mais frequente de cancro da pele (cerca de 90 por cento dos casos).
Existem 3 tipos de cancro da pele:

  • Basalioma ou carcinoma baso-celular;




  • Carcinoma espinocelular ou pavimento-celular;




  • Melanoma maligno




  • Comportamentos de risco como a exposição ao sol nos períodos entre as 11 e as 16 horas assim como a não utilização de protectores para os raios UV (ultravioletas) contribuem para estes números.
    O Melanoma corresponde apenas a cerca de 5 a 10% de todos os cancros da pele mas é responsável por cerca de 80% das mortes e este está mais relacionado com a exposição solar intermitente, aguda e intempestiva, muitas vezes acompanhada de queimaduras solares ("escaldões"), especialmente quando ocorridos em idades jovens.

    Perante estes dados, a diminuição destes cancros passa essencialmente por uma melhor prevenção.

    Durante três anos, cientistas da Universidade King's College, em Londres, analisaram corais da espécie Acropora, na Austrália, na tentativa de compreender o processo que lhes permite criar um composto orgânico que lhes confere uma protecção contra os raios UV. Pensa-se que dentro de cinco anos já irá existir um comprimido baseado no composto orgânico do coral, que permitirá às pessoas protegerem a pele e os olhos da radiação UV.


    Por serem uma espécie ameaçada, não se poderia utilizar os próprios corais para a produção de um protetor contra os raios UV. No entanto, ao conseguirem identificar a forma como o composto se desenvolve, os cientistas, acreditam poder recriá-lo, sinteticamente, em laboratório, para o uso humano, possivelmente em forma de comprimido.

    Segundo o estudo, é a relação de dependência mútua que existe entre o coral e as algas unicelulares que existem dentro dos seus tecidos que permite a produção do composto orgânico que protege contra a radiação solar.

    A recolha noturna de amostras de corais na Great Barrier Reef, na Austrália, e a posterior exposição solar dos mesmos, permitiu observar o processo de produção do composto.

    Os peixes que se alimentam dos corais também beneficiam de maior proteção contra o sol, de acordo com o estudo.


    Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/comprimidos-antirraios-uv-podem-estar-disponiveis-em-5-anos=f670975#ixzz1WjYxOkfk

    o "Eu" no futuro

    Imagine que conseguiria ver no escuro, adquirir uma força sobre humana, ter implantes de órgãos artificiais, conseguir mover membros artificiais ou ainda adquirir um sexto sentido. Pensaria que seriam cenas de filmes, não? Pois engane-se, já corresponde à realidade e será bastante usual já nas próximas décadas.
    A combinação da robótica, genética e da neurologia vai permitir revolucionar a forma como vemos o nosso corpo.


    Segundo uma estimativa do governo americano existem, actualmente, cerca de 10 milhões de mulheres em todo o Mundo que possuem implantes mamários em silicone. Mas o silicone está a passar de moda e a empresa Cytori, depois de 8 anos de pesquisa, desenvolveu uma técnica que permite o crescimento dos seios a partir de células do próprio paciente.

    O médico usa uma seringa para tirar uma pequena quantidade de gordura da barriga do paciente, processo que é repetido cerca de 10 vezes. O material recolhido terá células adiposas e algumas células-tronco sendo que depois será centrifugado numa máquina para que a mistura fique superconcentrada, ou seja, com uma maior quantidade de células-tronco do que gordura.
    Depois disto, o líquido é injectado em vários pontos do seio que aumenta logo em virtude da deposição da gordura. Ao longo das semanas seguintes as células-tronco formarão vasos sanguíneos o que impedirá a reabsorção da gordura e fixando-a no lugar.

    O resultado é mais natural do que o silicone e que, como é feito com as células da própria paciente, não apresenta nenhum efeito colateral.

    Outras aplicações das células tronco passam pela produção de dentes de forma a substituir algum dente que caiu ou que se encontre estragado ou ainda pela produção de órgãos e tecidos.
    Em 2006, Kaitlyne McNamara que nasceu com uma malformação da bexiga, tornou-se a primeira pessoa a receber uma bexiga artifial. Foram extraídas algumas células saudáveis de Kaitlyne e colocadas num molde (em forma de bexiga) e estas foram multiplicando e em poucas semanas o órgão estava pronto a ser implantado.

    Zhenan Bao, pesquisador da Universidade de Stanford, criou uma pele para rôbos: uma película flexível equipada com células fotovoltaicas, capaz de obter energia da luz solar para alimentar os circuitos do rôbo. Esta pele é muito mais sensível que a natural podendo "detectar o movimento de uma mosca" refere Bao. Permitiria sentir o Mundo de uma forma completamente nova e muito mais intensa, mas para isso é necessário conectar o sistema nervoso a esta "pele". E imagine, já está a acontecer...

    A visão é um sentido muito sofisticado. A luz que chega aos olhos é captada por fotorreceptores na retina, que detectam diferentes frequências de luz e as transmitem ao cérebro através do nervo óptico. O cérebro recebe e processa o sinal, transformando-o na imagem que vemos (inicialmente a imagem captada é invertida!).
    A empresa alemã Retina Implant AG desenvolveu um microchip com 1520 sensores que se coloca na retina e que, assim, é capaz de restaurar a visão de uma pessoa cega passando a ver numa resolução de 38x40 pixels (comparados com os 576 megapixels de uma pessoa normal). Esta resolução apenas permite sentir a presença de luz, distinguir formas geométricas e reconhecer certos objectos, para além de que a imagem é só a preto e branco mas, mesmo assim, fará uma grande diferença no dia-a-dia destas pessoas.
    Para além disto, as pessoas serão capazes de ver raios infravermelhos dando a capacidade de a pessoa ver no escuro!
    Imagem obtida através do microchip
    Estudos recentes indicam que determinados animais como pássaros, vacas e raposas têm um sexto sentido- o de serem capazes de sentir o campo magnético da Terra. As aves migratórias utilizam essa capacidade para se orientar nos seus vôo, as raposas para caçar e as vacas ainda é uma incógnita mas, elas têm uma tendência a pastar viradas exactamente para o norte ou para o sul.
    O cientista cognitivo Peter Konig, da Universidade de Osnabruck na Alemanha, desenvolveu um cinto com 13 placas sensíveis ao campo magnético da Terra. Sempre que uma dessas placas fica apontada para o norte ela vibra. Voluntários usaram esse cinto durante 6 semanas e um deles desenvolveu um instinto natural de direcção, passando a ser capaz de apontar sempre a direcção da sua casa, mesmo em lugares onde nunca tinha estado e mesmo sem estar a usar o cinto.
    "Ao início foi meio estranho. Mas de repente notei que a minha percepção tinha mudado. Sentia que era impossível perder-me, mesmo em locais em que nunca tinha estado." revelou Udo Wchter à revista Wired.
    Também há casos de pessoas que implementaram um pedaço de metal num dedo da mão e se tornaram capazes de sentir o magnetismo emitido por electrodomésticos.


    Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon dos Estados Unidos, construíram um computador capaz de ler pensamentos, ou perto disso. A máquina aprendeu a associar determinados pensamentos a padrões de actividade cerebral e, depois de algum tempo, conseguir decifrar o que as pessoas estavam a pensar. O sistema só consegue ler a mente de uma pessoa se ela estiver extremamente concentrada, o que nem sempre é fácil. Num futuro, não muito distante, o seu computador poderá ler os seus pensamentos e transmiti-los a outra pessoa.

    A flexibilidade é quase infinita. "O cérebro aprende a gerir tudo, como se tivesse um braço a mais no corpo." diz o neurocientista Miguel Nicolelis,



    Fontes: in "Super Interessante" Agosto, Brasil
                 http://clarkvision.com/imagedetail/eye-resolution.html