terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ser ou não ser (português)

Hoje resolvi trazer uma conhecidíssima frase da peça"A Tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca" de William Shakespeare, "Ser ou não ser, eis a questão".
Esta frase, que remonta ao ano de 1600, vem de encontro ao dilema que a nossa sociedade enfrenta nos dias de hoje: ser ou não ser português.

O típico ser português é muito fácilmente reconhecido, e ainda mais num encontro entre pessoas de várias nacionalidades. É o único que está constantemente a queixar-se, ora do tempo, ora do espaço, ora do país, ora de tudo... Mas podem fazer-lhe qualquer pergunta que ele é um "expert" em mandar "bitaites" sobre tudo e então quando se chega ao Santo Graal do conhecimento (claro está que estou a falar do futebol) somos os reis! Também somos muito bons a falar de nós, principalmente da nossa casa ou das nossas férias, da roupa que vestimos, dos amigos que temos, falamos muito e fazemos nada...

Agora a juventude só pensa em se divertir, em sair e em beber, como se o dinheiro fosse infinito... e a Crise? Essa não existe para o jovem comum, se existe é para os pais deles! Estudar? Sim, devagar, devagarinho, de forma a se poder aproveitar ao máximo toda a vida académica e a fazer com que os "velhotes", sim porque muitos deles só deixam de ser sustentados pelos pais quando estes já têm sessentas e mais anos, paguem as contas...

O ser português caiu em desgraça, gostamos de criticar e de aproveitar cada oportunidade para o fazer. No fundo, não gostamos do nosso país, do que por cá se passa nem naquilo em que se tornou.
Não gostamos daquilo que é, mas somos bons a arranjar soluções? Isso não... somos antes muito bons a criticar! Aliás, somos tão bons nisso que apelidamos aqueles que são fora do "normal", porque trabalham e se empenhamm, como "nerds" ou "crânios" e lhes colocamos o rótulo de "pôr de parte".

Fazemos questão de querer manter a nossa "normalidade" acima de tudo, como se fosse esta a mentalidade que irá solucionar os nossos problemas e que nos irá fazer sair desta situação. Como gostamos de viver enganados!

Chegou a altura de deixar de querer viver numa casota de palha e ambicionar vôos mais altos! E para que tudo isto aconteça é necessário trabalho e esse também não é o nosso forte...

Chega de dizer mal do que é nosso e do que foi erguido ao longo do último milénio, é altura de cada um partir em busca do conhecimento, aproveitar ao máximo todas as suas capacidades de forma a que se sinta realizado. Estar constantemente à procura da "excelência" e admirá-la, pondo de parte o "culto à estupidez".

Nos dias de hoje ser bom não seja, só através do cultivo de um ideal de trabalho e dedicação é que poderemos reerguer o nosso país.
Espalhem esta mensagem para que as pessoas saiam desta profunda indiferença e apatia pelos seus objectivos de vida e pelo país.


Voltem a ser Portugueses!



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