sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Estado sem moral

Diariamente ouvimos falar de mais medidas de austeridade aprovadas pelo governo mas estas medidas são desastrosas apenas para uma classe que vai ter que apertar mais 5 buracos no cinto que as outras: a classe média.

Os ricos não se preocupam porque pagar uns trocos a mais no IRS (como foi proposto pelos milionários franceses e alemães) não lhes fazem diferença, pois o imposto é cobrado no rendimento sem ter em conta a fortuna já arrecadada, sem mencionar o património destas famílias que são impossíveis de inventariar (jóias, obras de arte, etc.) Mas uma vez mais, a mesquinhice e a tendência portuguesa de olhar unicamente para o seu umbigo vem ao de cima! Os estudos realizados pelo “Jornal de Negócios” e “Económico” revelam que grande dos portugueses abastados não se mostram compreensivos com o facto de poderem vir a pagar mais para ajudar na resolução da crise.

Os pobres afligem-se mais, mas não demasiado. Estes são os que mais precisam de ajuda, não faria sentido acrescentar-lhes mais impostos sabendo de antemão que não os poderiam suportar. Podem dormir descansados, isentos de impostos extraordinários mas com uma certeza: os pobres em Portugal serão sempre pobres.

Só nos resta uma classe em quem cortar. Vamos ao bolso da classe média arrebatar a maior fatia de impostos, deixando várias famílias à beira do colapso financeiro e criando uma população empobrecida, igual ou pior do que a que existia não há muitas décadas atrás. São estas as famílias que se têm que preocupar e reclamar! Muitos trabalhadores honrados poupam e cortam em tudo o que podem enquanto o Estado gasta 50% da riqueza nacional. Enquanto quem manda não der o exemplo e começar a cortar realmente com a despesa não têm moral de exigir um derradeiro sacrifício das pessoas querepresentam!


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