Diariamente ouvimos falar de mais medidas de austeridade aprovadas pelo governo mas estas medidas são desastrosas apenas para uma classe que vai ter que apertar mais 5 buracos no cinto que as outras: a classe média.
Os ricos não se preocupam porque pagar uns trocos a mais no IRS (como foi proposto pelos milionários franceses e alemães) não lhes fazem diferença, pois o imposto é cobrado no rendimento sem ter em conta a fortuna já arrecadada, sem mencionar o património destas famílias que são impossíveis de inventariar (jóias, obras de arte, etc.) Mas uma vez mais, a mesquinhice e a tendência portuguesa de olhar unicamente para o seu umbigo vem ao de cima! Os estudos realizados pelo “Jornal de Negócios” e “Económico” revelam que grande dos portugueses abastados não se mostram compreensivos com o facto de poderem vir a pagar mais para ajudar na resolução da crise.
Os pobres afligem-se mais, mas não demasiado. Estes são os que mais precisam de ajuda, não faria sentido acrescentar-lhes mais impostos sabendo de antemão que não os poderiam suportar. Podem dormir descansados, isentos de impostos extraordinários mas com uma certeza: os pobres em Portugal serão sempre pobres.
Só nos resta uma classe em quem cortar. Vamos ao bolso da classe média arrebatar a maior fatia de impostos, deixando várias famílias à beira do colapso financeiro e criando uma população empobrecida, igual ou pior do que a que existia não há muitas décadas atrás. São estas as famílias que se têm que preocupar e reclamar! Muitos trabalhadores honrados poupam e cortam em tudo o que podem enquanto o Estado gasta 50% da riqueza nacional. Enquanto quem manda não der o exemplo e começar a cortar realmente com a despesa não têm moral de exigir um derradeiro sacrifício das pessoas querepresentam!
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