terça-feira, 30 de outubro de 2012

Legs OUT!

Dos mais recentes desenvolvimentos da moda popular encontramos as leggings. Funcionam como uma segunda pele, moldando-se ao corpo e homogeneizando toda a matéria, à semelhança dos fatos que vimos em filmes de ficção cientifica que se passam num futuro um pouco irreconhecível. Na sua evidência de formas esconde a essência: os músculos, vasos, junções e irregularidades. Ao colarem-se ao corpo não deixam espaço para mais nada, nem sequer para o erotismo e sensualidade cujo segredo reside no espaço que é deixado a cada um para supor ou imaginar.
É isso que encontramos de excitante nos vestidos: peças ondulantes que aparentam pairar em volta do corpo como uma nuvem leve deixando ver apenas o suficiente para estimular o pensamento do observador.
As leggins, por oposição, retiram este carácter imaterial e sublime que os vestidos dão ao corpo feminino e tornam-no o mais real possível, a forma do corpo é o que está à vista. As leggins pressupõem que o próprio corpo já será aprazível, isto é, que a mulher que as use corresponda ao modelo "standard" que tem vindo a ser imposto desde a década de 50 do século passado, ideia tão redutora como as leggins em si.
O segundo efeito é o de plasmar, o de tornar a volumetria das pernas em duas dimensões e o que antes era percebido pelas diferenças de luz e sombra e juntas de elementos é agora uma mancha plana, o que torna as leggins a peça de vestuário anti sensual por excelência.
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domingo, 1 de abril de 2012

Coimbra, um olhar de Estudante


O ano de 2012 não se esperava nada fácil mas não tão difícíl assim.
Numa altura em que todos os portugueses são alvo das medidas de austeridade, nem mesmo os estudantes escapam.

Olhando para a situação em Coimbra então nem se fala.
Deparada com um corte de 20 milhões no orçamento por parte do Governo, a Universidade vê-se obrigada a abrir portas com o mínimo de condições. Aliás já existem cursos em que cadeiras já não estão a ser leccionadas por falta de verbas para contratar professores (!!!).
Pagando anualmente propinas na ordem dos 1000 euros (que para o ano já se sabe que irão aumentar) serão os estudantes os responsáveis por sustentar o funcionamento daquela que é uma das universidades mais antigas do Mundo e o declínio da sua qualidade?

Juntando ao valor das propinas, os custos com a habitação, alimentação, sebentas e viagens torna-se insustentável, ao comum dos portugueses, a continuação dos estudos.
Este ano as cantinas não aumentaram o preço do prato social, já que é um dos mais caros entre as universidades públicas de Portugal. No entanto temos sido confrontados com uma grande redução dos serviços prestados e da sua qualidade.
Embora o prato social se tenha mantido, todos os outros foram alvo de aumento e mesmo as doses servidas já não são as mesmas... E aliando isto ao escândalo do encerramento das cantinas aos fins de semana parece que, decididamente, não há qualquer apoio a dar aos estudantes.

Sendo a maioria dos estudantes em Coimbra provenientes de várias zonas do país, de Norte a Sul, são os transportes um factor essencial para que os alunos possam deslocar-se a casa aos fins de semana ou mesmo para a própria universidade. Dito isto o que aconteceu?
Vemos o constante aumento das tarifas nas várias companhias de transportes e isto é, quando se decidem a trabalhar porque algumas já são mais os dias que estão de greve.
Falando no caso dos Serviços Municipais de Transportes Urbanos de Coimbra (mais conhecidos como SMTUC) resolveram aumentar única e exclusivamente o passe dos Estudantes deixando todos os outros com as mesmas tarifas do ano anterior. Escusado será dizer que o Estudante é o único que não recebe qualquer rendimento.

Parece que a solução para se continuar a estudar passará por endividar as famílias com mais empréstimos porque de outra forma a situação está a tornar-se insustentável.

Apelava aos que "mandam" (Governo e outras entidades) que sejam vítimas das suas medidas e saibam o que é ser estudante nos dias de hoje para perceberem, de uma vez por todas, que existem consequências dos seus actos!
Deixo ainda uma palavra de incentivo e admiração aqueles que ainda se dispõem a lutar pela melhoria da qualidade da Universidade como foi o recente acto levado a cabo pela Associação Académica de Coimbra que conseguiu a reabertura das cantinas aos fins de semana.

Resta saber para quando que hoje é Domingo e eu vou ter de ir arranjar outro sítio para ir jantar...
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Greve: direitos acima dos deveres

Neste dia que se segue a mais uma greve convocada pela sempre oportuna CGTP, nada melhor do que reflectir no direito à greve, os seus objectivos e consequências.
Sendo um direito adquirido com o 25 de Abril de 1975, parece ser aquele com que os sindicatos mais engraçaram juntamente com o direito à manifestação, usando e abusando por tudo e por nada lá sai o povinho à rua gritando “avante camarada!”, o governo vira costas e o contribuinte paga os milhares de euros em prejuízos que nos custa esse dia de “férias”, porque de facto nada mais ganham com isso. “Estão no direito deles” é o que dizem, pois interrogo-me: para termos direitos não temos de cumprir deveres? O dever de todos neste momento é fazer o país avançar e não paralisá-lo, não é contribuindo com mais gastos do Estado. Esta defesa dos direitos de todos deveria ser mantido pelas associações como a já referida coligação de trabalhadores, que parecem defender o oportunismo em vez da oportunidade pois todos sabemos que a “luta” que dizem ser do povo não é mais que uma luta de interesses: de médicos sobre enfermeiros, arquitectos sobre engenheiros, economistas sobre gestores e por ai fora, quero acreditar que não vivemos numa selva, mas a verdade é que vivemos o mote “olho por olho, dente por dente”... Isto tem um efeito devastador para a nação, este sistema corrompe-se a si mesmo e a todos à sua volta: ao pensarem apenas nos seus interesses, acabam por anular todos e quaisquer esforços para benefício de Portugal, facilitando o aparecimento de oportunistas e tornando-se na causa dos problemas que dizem querer resolver!
É por isto que o verdadeiro cidadão ciente da situação delicada que atravessamos deverá ceder desses direitos, pondo me primeiro lugar não os seus interesses pessoais, mas o melhor para Portugal!
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O país da austeridade

Eis o dia 14 de Outubro de 2011, o dia em que mais uma vez Portugal acorda na boca do mundo pelas piores razões.

Aqui estão alguns dos destaques da Imprensa Internacional:

El Pais - "Portugal aumentará meia hora a jornada laboral e eliminará os subsídios aos funcionários"


ABC - "O Governo português elimina os subsídios de funcionários e pensionistas"/ "incluem o aumento em meia hora da jornada laboral no sector privado".

El Mundo - "Portugal amplia em meia hora a jornada laboral e suprime os subsídios"

La Vanguardia -"Portugal radicaliza o seu plano de ajuste para poder continuar no euro"

Publico (espanhol) – “Nova tesourada de Portugal às pensões e funcionários"/ "cortar inclusivamente salários inferiores a 1.000 euros e aumentará o IVA"

O Le Monde refere nova onda de austeridade para Portugal.
O Le Figaro faz ênfase no rigor das novas medidas.

Nos últimos tempos tornou-se hábito para nós, portugueses, ligar a televisão, o rádio ou abrir um jornal e depararmo-nos com a bela da “crise” ou da “recessão”, dos “impostos”, que sobem qual foguetão em direcção à Lua, a“queda na bolsa”, a “falência de empresas”, etc. Os exemplos são vários e no entanto nenhum é agradável de ouvir ou de se ler. Tornou-se mesmo tão banal a desgraça que até apetece humorizar a situação. (Lá diz o Zé Povinho: Deixa-me rir que é para não chorar!)



                                          

 

 

Mas de que é que se falava hoje de tão importante para ser alvo de tanta atenção internacional? De nada mais, nada menos daquele que é considerado por vários analistas como o mais severo e penalizador orçamento de estado de sempre!


Então, o que vai mudar no ano de 2012 afinal?
  • Finanças:
Grandes alterações nas taxas de IVA onde vão subir de taxa diversos produtos, tais como: bebidas e sobremesas lácteas, águas de nascente e águas minerais, refrigerantes, sumos e néctares de frutos, batata fresca descascada. Todos estes produtos considerados até hoje como bens essenciais e portanto taxados à taxa mínima (6%) vão agora passar à taxa máxima de 23%. Mas salvo desta subida fica o leite achocolatado!

Também produtos actualmente taxados com o valor intermédio (13%) vão passar à taxa máxima: conservas de carne, moluscos, frutos; café; aperitivos.

Estas são alterações que inevitavelmente se reflectirão em grandes subidas nos preços! Vai ser ainda mais difícil para as famílias de classe baixa e classe média servir uma refeição completa e com tudo aquilo que é necessário a qualquer ser humano para um correcto desenvolvimento e nutrição.

Ainda alguns serviços vão passar a ser cobrados à taxa máxima, nomeadamente os serviços de restauração, espectáculos artísticos e de provas desportivas. Escusado será referir que esta medida vai trazer directamente a diminuição no número de pratos servidos em restaurantes e na quantidade de bilhetes vendidos para espectáculos. Tal situação levará à falência inevitável de pequenas empresas que não vão conseguir manter “portas abertas”. O desemprego neste sector vai aumentar, o que vai levar à contracção da economia… e lá estamos novamente no mesmo poço sem fundo no qual entramos e de onde não estamos a conseguir sair.

Claro que todo este cenário é propício a episódios desesperantes, em que as pessoas que neles se vêem metidos entram em estados depressivos e que levam ao aumento dos casos de suícidio. Depressão essa, que é já considerada a epidemia do século XXI!
Olhando para o caso da Grécia, onde a taxa de desemprego já ultrapassa os 16%, os suícidios já subiram 17%, a violência e os homocídios também aumentaram e os assaltos quase duplicaram de acordo com um estudo da Universidade de Cambdrige.
Mas então se o estado, por erros de agora ou do passado, deste senhor ou do outro (de quem aparentemente já ninguém se lembra), nos leva a todos nós, lusitanos de sangue, conquistadores de outrora, para uma cenário de doença, talvez na área da saúde nos ajude um pouco, certo? ERRADO!


  • Saúde:
Ao todo o Serviço Nacional de Saúde vai ter que sobreviver com menos 600 milhões de euros do que este ano.
Taxas moderadoras mais caras, menos isenções, menos comparticipações, menos urgências.


Justando todos estes factos com os já anunciados aumentos de impostos, taxas da electricidade e gás natural e com o corte dos subsídios de Natal e de férias durante, pelo menos, os próximos 2 anos atingiu-se um estado insustentável!
O português comum deixou de poder viver para agora lutar por sobreviver...



Autor: Emanuel Martins

Adapatado por: André Caiado






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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Aumento do IVA na restauração

De acordo com a versão preliminar do Orçamento de Estado para 2012,o IVA aplicado à restauração irá subir para os 23% (face aos actuais 13%) já a partir do início do próximo ano.

Esta medida foi combinada com a "troika" em meados de Setembro e prevê contribuir para o aumento das receitas fiscais.

Convém salientar que já somos, actualmente, líderes na taxa de IVA na restauração (13%) face aos países vizinhos onde se aplicam as taxas de: 8% em Espanha, 5,5% em França, 10% em Itália, 6% na Holanda e de 9% na Irlanda.
De salientar que foi recentemente acordado com a Irlanda, país que tal como Portugal se encontra em dificuldades financeiras, a descida do IVA para a taxa reduzida. Esta medida irá trazer maiores receitas fiscais para o Estado uma vez que se trata de um sector com forte empregabilidade e que permitirá aumentar o número de turistas.


Aliás, esta nova medida irá trazer graves consequências para o turismo em Portugal já que os turistas se aperceberão do elevado preço cá praticado. Também haverá graves consequências para as agências turísticas, cujos muitos dos pacotes oferecidos já englobam a alimentação, e são agora confrontadas com despesas acima do previsto.

O secretário-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Dr. José Manuel Esteves, afirma que esta medida levará ao despedimento directo de cerca de 120 mil trabalhadores, ao encerramento de 50 mil empresas e uma quebra na receita para o Estado de 1450 milhões de euros e das receitas empresariais de 1800 milhões.

Alerta ainda para o facto de que já perante a actual taxa aplicada se prevêem a perca de 50 mil postos de trabalho em virtude do encerramento de 30 mil estabelecimentos até ao final de 2013.
Desde 2002, os preços praticados nos restaurantes apenas contabilizam um aumento somado de 6,5%, muito abaixo da inflação que teve um aumento de perto de 30% pelo que, actualmente, as pequenas e micro empresas já trabalham com prejuízo e são obrigadas a penhorar muitos dos seus bens.

Se esta medida for aprovada, pela Assembleia da República, prevê-se fazer um "Dia sem restaurantes" como forma de protesto e de solidariedade nacional no início de Novembro.

A solução para aumentar as receitas  passa, segundo o Dr. José Esteves, não pela subida da taxa mas precisamente pelo oposto, pela redução para a taxa reduzida permitindo criar cerca de 40 mil novos postos de trabalho ao invés de despedir.

O contribuinte será confrontado com um aumento de 10% (!) nos preços, pelo que será, cada vez mais, um luxo ir ao restaurante e estará novamente em moda o uso da lancheira...





Para o estudante universitário (como é o meu caso), espero não ver alterados os preços aplicados nas Cantinas da Universidade de Coimbra onde, ainda, vigora a isenção do IVA e onde os preços aplicados já são dos mais elevados a nível de Universidades públicas...



Fontes: http://www.apoiosfinanceiros.com/?p=7474
             http://sicnoticias.sapo.pt/programas/edicaodamanha/article916579.ece
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sábado, 8 de outubro de 2011

O efeito da "Jardinagem" na Madeira

Boa tarde a todos! São, neste momento, 12 horas no Continente, menos uma hora nos Açores e.... menos uns quantos milhões na Madeira...

Esta e muitas outras piadas têm estado na moda, retratando o novo escândalo da Madeira. Mas afinal qual é a verdadeira situação deste arquipélago?


O Sr. Alberto João Jardim, a figura-alvo de todo este processo, justifica a dívida: foram apenas tomadas medidas com o intuito de ajudar a população madeirense, que vivia em condições muito inferiores às do continente. "Se pôr todos os portugueses ao mesmo nível é crime, então já não sei o que é crime..." refere.

E quais foram os resultados das suas medidas a nível social?
De uma população de cerca de 250 mil pessoas, 75 000 (30% !) são pobres.
No munício de Câmara de Lobos, onde se situam os maiores bairros sociais, existem apartamentos T3 onde chegam a viver 20 pessoas. A droga espreita a cada esquina num local de onde provêm 80% da população prisional da Madeira..
Muitas destas pessoas esperam e desesperam, por uma habitação há muito prometida pelo governo de Jardim.
Em cada armário existe um cadeado, de forma a evitar roubos de comida e, pela mesma razão, cada "família" tem um fogão e o seu sítio para comer.


A recente auditoria feita à Madeira revelou uma dívida directa e indirecta de cerca de 6,3 mil milhões de euros, o que obrigou a uma nova revisão do défice dos últimos anos.



Mas para onde foi parte do dinheiro afinal?
Para a execução de algumas obras verdadeiramente "excêntricas" como é o caso da Marina do Lugar Baixo que tem uma capacidade para 291 embarcações mas que nunca funcionou. Todos os anos é semi-destruída durante o Inverno e já custou cerca de 100 milhões de euros.

A construção da Piscina Municipal de Curral das Freiras, um complexo com uma piscina de 25 metros e um edificio de 3 pisos, levou a que fossem expropriadas várias pessoas para que agora, apenas 6 meses após a sua inauguração, tenha quase sempre as portas encerradas. Foram aqui gastos cerca de 2,5 milhões de euros e apresenta elevados custos para a sua manutenção.

O fórum de Machico é outra obra muito criticada que custou cerca de 25 milhões. Inicialmente foi projectado para ser um lugar de cultura, com cinema, teatro e exposições. Actualmente, o cinema já fechou e só existe um cabeleireiro e uma biblioteca que se encontra quase sempre vazia.

O heliporto de Porto Moniz também custou cerca de 25 milhões de euros e apenas foi usado uma vez... no dia da sua inauguração!

Anualmente, são dados cerca de 5 milhões de euros para os 3 clubes professionais da ilha: o União, o Nacional e o Marítimo. Foi agora feito um novo complexo para o União que custou 5,2 milhões de euros em que os 3 campos construídos não podem ser usados em competições oficiais...
Nos últimos anos fora inaugurados 12 campos de futebol, num arquipélago em que existe um estádio por cada 20 000 habitantes.


Outras das obras muito criticadas são os túneis. Um, que vai ser inaugurado em breve, vai ligar Vasco Gil a Cota 500, num custo de cerca de 42 milhões de euros e que não traz qualquer significado financeiro ou económico para o local. Outro túnel, que custou 27 milhões de euros, com 3 quilómetros de extensão foi feito para ligar um parque industrial praticamente vazio.

Apesar de todos estes gastos, o governo de Jardim, afirma que não há dinheiro para a construção de um Hospital Distrital...

Em 33 anos de governo, o Sr. Alberto João Jardim esteve presente em mais de 4500 inaugurações e em tempo de eleições são entre 2 a 3 por dia!
Eleições também são sinónimo de comícios, o que significa um jantar oferecido a mais de 1000 pessoas.
São ainda gastos, todos os anos, 5 milhões de euros no Jornal da Madeira que segundo Jardim "é uma poderosa ferramenta contra quem o critica".


Apesar de tudo isto, Jardim declara-se inocente de culpas, revela-se contra o equilíbrio orçamental, procura o mediatismo e afirma que a dívida regional é uma "coisinha de nada".



Vejam a reportagem da Sic:






Fontes: http://aeiou.expresso.pt/jardim-divida-de-83645000-milhoes-e-coisinha-de-nada=f675841
             http://aeiou.expresso.pt/jardim-gastou-milhoes-em-obras-que-nao-sao-usadas-video=f675799
             http://aeiou.expresso.pt/a-jardimensao-da-divida-cartoon=f676793
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ásia "esgota" o planeta

Uma nova revolução “verde” é necessária na região da Ásia-Pacífico para que haja um eficiente uso dos recurso a fim de salvaguardar as populações e os países durante este século, revela o relatório do Programa do Ambiente das Nações Unidas.

Este novo relatório sugere que o consumo de bens materiais per capita, como combustíveis e materiais de construção, necessita de ser cerca de 80% menos do que os actuais de forma a garantir um desenvolvimento sustentável.

Nas últimas décadas diminuiram os níveis de pobreza e aumentaram os de riqueza, no entanto, tudo isto tem um preço a nível ambiental, como o aumento da emissão de gases com efeito de estufa, a perda de biodiversidade, a deterioração de ecossistemas e o esgotamento dos recursos naturais.

O total de materiais consumidos durante o ano de 2005, onde foram incluídos os combustíveis, biomassa, metais e os materiais industriais e de construção, rondaram os 32 biliões de toneladas para aquela região. Sem qualquer plano de sustentabilidade no seu desenvolvimento poderão alcançar os 80 biliões de toneladas em 2050, cerca de dois terços do consumo global.

Actualmente,  esta região consome mais de metade dos recursos usados em todo o Mundo devendo-se ao facto de ter mais de metade da população mundial. Nas próximas décadas, poderá vir a ser o mais importante consumidor global e ser o maior responsável pelos impactos ambientais como a falta de recursos, poluição e as alterações climáticas.

O relatório sublinha que esta região tem enormes oportunidades para reduzir, dramaticamente, o seu consumo de recursos, através da criação de novas indústrias “limpas” e da implantação de energias renováveis,

No restante mundo, a eficiência no consumo dos materiais tem melhorado.


Por fim, o relatório alerta para a questão do consumo e armazenamento de água na região. Toda esta região tem ultrapassado os níveis limite da retirada de água, sendo a situação muito grave em países como o Uzbequistão, Turquemenistão e Tajiquistão. Nestes países a retirada de água é superior à que a natureza consegue repor.

De acordo com especialistas, a transição para um sistema industrial sustentável terá de passar por novas formas mais eficientes de utilização dos recursos naturais, políticas de apoio ao uso eficaz de recursos e a sistemas de inovação, impostos ecológicos entre outros.





Ler mais em :
http://aeiou.expresso.pt/china-e-russia-esgotam-materias-primas-a-velocidade-da-luz-video=f675397#ixzz1YzHmPbbd

http://www.unep.org/NEWSCENTRE/default.aspx?DocumentID=2653&ArticleID=8868
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ser ou não ser (português)

Hoje resolvi trazer uma conhecidíssima frase da peça"A Tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca" de William Shakespeare, "Ser ou não ser, eis a questão".
Esta frase, que remonta ao ano de 1600, vem de encontro ao dilema que a nossa sociedade enfrenta nos dias de hoje: ser ou não ser português.

O típico ser português é muito fácilmente reconhecido, e ainda mais num encontro entre pessoas de várias nacionalidades. É o único que está constantemente a queixar-se, ora do tempo, ora do espaço, ora do país, ora de tudo... Mas podem fazer-lhe qualquer pergunta que ele é um "expert" em mandar "bitaites" sobre tudo e então quando se chega ao Santo Graal do conhecimento (claro está que estou a falar do futebol) somos os reis! Também somos muito bons a falar de nós, principalmente da nossa casa ou das nossas férias, da roupa que vestimos, dos amigos que temos, falamos muito e fazemos nada...

Agora a juventude só pensa em se divertir, em sair e em beber, como se o dinheiro fosse infinito... e a Crise? Essa não existe para o jovem comum, se existe é para os pais deles! Estudar? Sim, devagar, devagarinho, de forma a se poder aproveitar ao máximo toda a vida académica e a fazer com que os "velhotes", sim porque muitos deles só deixam de ser sustentados pelos pais quando estes já têm sessentas e mais anos, paguem as contas...

O ser português caiu em desgraça, gostamos de criticar e de aproveitar cada oportunidade para o fazer. No fundo, não gostamos do nosso país, do que por cá se passa nem naquilo em que se tornou.
Não gostamos daquilo que é, mas somos bons a arranjar soluções? Isso não... somos antes muito bons a criticar! Aliás, somos tão bons nisso que apelidamos aqueles que são fora do "normal", porque trabalham e se empenhamm, como "nerds" ou "crânios" e lhes colocamos o rótulo de "pôr de parte".

Fazemos questão de querer manter a nossa "normalidade" acima de tudo, como se fosse esta a mentalidade que irá solucionar os nossos problemas e que nos irá fazer sair desta situação. Como gostamos de viver enganados!

Chegou a altura de deixar de querer viver numa casota de palha e ambicionar vôos mais altos! E para que tudo isto aconteça é necessário trabalho e esse também não é o nosso forte...

Chega de dizer mal do que é nosso e do que foi erguido ao longo do último milénio, é altura de cada um partir em busca do conhecimento, aproveitar ao máximo todas as suas capacidades de forma a que se sinta realizado. Estar constantemente à procura da "excelência" e admirá-la, pondo de parte o "culto à estupidez".

Nos dias de hoje ser bom não seja, só através do cultivo de um ideal de trabalho e dedicação é que poderemos reerguer o nosso país.
Espalhem esta mensagem para que as pessoas saiam desta profunda indiferença e apatia pelos seus objectivos de vida e pelo país.


Voltem a ser Portugueses!



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sábado, 17 de setembro de 2011

O lixo extraterrestre!

Em média cada um de nós produz 219 kg de lixo por ano. Mas com o evoluir dos tempos, novas tecnologias emergiram e com elas novos tipos de resíduos. Uma espécie de lixo em particular começa a preocupar os cientistas a nível mundial: o lixo espacial.



Sempre que algo é enviado para o exterior do nosso planeta, quer sejam naves tripuladas ou satélites, são  libertados destroços, partes utilizadas apenas no lançamento, partes que não são supostas regressar à terra, ou até resíduos de missões mal sucedidas que acabaram por contribuir para o amonte de lixo orbitante.
Ora bem, estes resíduos representam um perigo uma vez que existe a possibilidade de que satélites em funcionamento ou naves tripuladas embatam nestas estruturas e se produza uma catástrofe, e até mesmo o risco, como recentemente surgiu na comunicação social, de que percam velocidade e acabem por cair na terra! Falo do UARS (Upper Atmosphere Research Satelite), em órbita há 20 anos e inactivo há 6, que está na eminência de cair na terra entre finais de Setembro e Outubro. Dizem os cientistas que a maior parte do satélite deverá arder graças às forças de atrito provocadas pelo ar durante a reentrada na atmosfera, e a probabilidade de atingir alguém é de 1 para 3200, sendo que o mais provável é mesmo que caia em zonas desertas do planeta.

UARS

Mas concretamente de que tipo de detritos falamos?! Num total de 16000 artefactos:
  • 9000 detritos fragmentados, como pedaços de naves e satélites
  • 3000 veículos espaciais, que foram utilizadas em todas as missões de lançamento que não com vaivém
  • 800 foguetes utilizados para armazenar o combustível utilizado na subida ao espaço
  • 800 detritos de missões, o que inclui cabos, parafusos, ferramentas, etc.

Tudo isto resulta do acumular de resíduos deste 1957, quando começou a corrida espacial com o Sputnik 1.
Entretanto estão a ser desenvolvidos meios de recolha deste lixo, quer seja por arpões, ímanes ou guarda-chuvas gigantes que consigam abarcar os detritos menores, e a menos que queiramos ter chuvas metálicas é bom que consigamos desenvolver estas técnicas rapidamente!

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País ou não-país?

O que define se um país é ou não país? Não é o povo que mora nele, uma vez que se assim fosse países como a China, Índia, Indonésia, Nigéria e Rússia se desmantelariam em vários, cada um com uma língua, religião e história próprias.

A resposta oficial a esta pergunta encontra-se na Convenção Internacional de Montevidéu de 1933. Segundo esta, um Estado tem "uma população permanente, território definido, governo e capacidade de entrar em relação com outros Estados".
Mas acaba por não ser só isto, já que para haver relação com os outros Estados é necessário que estes o reconheçam como tal, o que nem sempre acontece. Assim, ser um país não é só uma questão técnica mas também é uma questão política.


A ONU é a sede onde se tomam todas estas decisões. Para passar a ser reconhecido como país precisa da aprovação de, pelo menos, dois terços dos votos da Assembleia Geral da ONU e ainda a aprovação do Conselho de Segurança que é formado pelos Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia.

Taiwan foi o local escolhido pelo nacionalista Chiang Kaishek para se refugiar, após ter perdido a Guerra Civil Chinesa. Com uma população de 23 milhões de habitantes, uma pequena fracção de população chinesa, um PIB per capita igual ao de Alemanha e o 18º maior orçamento militar do Mundo, continua a não ser reconhecido como país embora já haja algumas entidades que o façam:



Na pesquisa do ranking mundial de Ténis, podemos seleccionar a opção "Taiwan" para ver os jogadores classificados deste "país"



Outro exemplo encontra-se num dos países mais corruptos de Mundo, a Somália. Desde 1991 que não tem um governo capaz de controlar o seu território, vivendo numa completa anarquia a par de um grave problema de fome.

No entanto, no noroeste do país fica a "Somalilândia", uma região que tem um governo e uma moeda próprios mas que não é reconhecido...



O Sudão do Sul é o mais recente país, tendo sido proclamada a sua independência no passado dia 9 de Julho. No entanto, pode não ser o único a emergir no mapa este ano.
A Palestina vai apresentar, este mês, a sua candidatura à Assembleia da ONU tendo já a aprovação de quase 130 dos 193 países (dois terços). Só que os Estados Unidos, como membros do Conselho de Segurança, deverão vetar esta candidatura e, por isto, acabará por continuar a não ser reconhecido.


Os países mais pequenos no Mundo têm algumas curiosidades: o Liechtenstein não tem exército, a língua oficial do Vaticano é o latim e apresenta uma população de apenas 800 habitantes, o Mónaco tem a maior densidade populacional do Mundo e, pelos vistos, há quem fale "monegasco".





Fontes: http://www.atpworldtour.com/Rankings/Singles.aspx
            Revista "Super Interessante", número295, Setembro, Brasil

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domingo, 11 de setembro de 2011

Viajando pelo 11 de Setembro

Passam hoje 10 anos desde aquele fatídico dia que viria a mudar a forma como vemos o Mundo.
Cada pessoa terá o seu relato de como viveu o acontecimento, eu vou contar-vos o meu.



Já tinha almoçado e encontrava-me na rua, a brincar com um papagaio de papel e a aproveitar aquele que seria um dos meus últimos dias de férias. De repente, a minha mãe aparece à janela e grita: "Vem ver, as Torres Gémeas estão a arder", sem ter ainda qualquer ideia do que se passava por detrás de tudo aquilo.
Tinha 10 anos e há muito poucos episódios dessa altura que consigo recordar com tanto pormenor como este. Lembro-me das imagens das Torres em chamas, assisti em directo ao impacto do segundo avião e depois à queda das Torres. Foram imagens que me impressionaram e que jamais irei esquecer, que me fizeram questionar sobre como é que aquilo tinha acontecido e logo nos Estados Unidos, o país que é considerado o mais poderoso do Mundo e que apresentava vários dos edíficios mais conhecidos do planeta.

Os meus pais haviam lá estado no topo alguns anos antes e eu vi, muitas vezes, as fotografias lá tiradas. Por causa disto, tinha criado o sonho de as visitar e cheguei a fazer desenhos onde as incluia.
Tinham acabado de me "destruir" um sonho e, muito mais importante que isso, tinham atingido o coração dos Estados Unidos da América!

Passaram dias e dias a falar sobre este acontecimento. Acho que nunca mais vou repetir a sensação de acordar, almoçar e jantar sempre a ouvir o mesmo, as notícias do desastre e o somatório das vítimas.

Voltando à realidade, somaram-se 2996 mortes, fora os imigrantes ilegais que lá se encontravam a trabalhar e que os Estados Unidos fizeram questão de esquecer. Esses, para além de terem sido vitímas do maior atentado de sempre, ainda foram alvo de discriminação pois está claro que naquele país não pode existir ilegalidade...

Foram somados triliões de dólares em prejuízos, quer directamente pela destruição das infraestruturas quer indirectamente pelo pagamento de indemnizações ou mesmo pela diminuição dos turistas e pela queda da bolsa.

Para além de tudo isto, vimos abaladas as nossas convicções, porque, afinal, nem os Estados Unidos estão livres do perigo!
Em qualquer altura, em qualquer lugar podemos ser alvo de qualquer tipo de atentado. Num segundo vivemos o nosso dia-a-dia, no segundo seguinte morremos às mãos de terroristas... Isto dá realmente que pensar.

Após isto, a sociedade mudou! Foram implantadas novas medidas de segurança em aeroportos, dentro dos próprios aviões, nas fronteiras, em todo o lugar...
Foi lançada a guerra ao Terrorismo (ou ao petróleo, ups), que acabou com a invasão do Afeganistão e mais tarde do Iraque.

A segunda parte deste artigo leva-nos a isto, às mortes pós-atentado.
Morreram mais de 500 000 pessoas nestes conflitos, um número 166 vezes superior (!) ao de vitímas do dia 11 de Setembro mas destas pessoas não fica um nome, um minuto de silêncio, uma homenagem.

É também a estas pessoas que eu também presto a minha homenagem. Aquelas que viram o seu destino traçado após o atentado e que acabaram por morrer ou sofrer ferimentos para o resto da vida.
Aos soldados mortos a combater uma guerra que não era a sua mas que foram obrigados a enfrentar. Também aos bombeiros mortos em serviço, que nem tiveram direito a ser lembrados hoje, tendo uma cerimónia marcada para outro dia.

Somam-se ainda milhões de pessoas desalojadas que foram obrigadas a mudar de lugar, deixando para trás casa e família destruídas mas como nada disto é filmado, não são alvo de apoios.

Sei que também não posso prestar a devida homenagem a todas as vitímas mas talvez consiga mostrar o "outro lado", deste dia, que pouca gente vê...
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Afinal o "bullying" faz bem

"Bullying" é o termo utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, de forma intencional e repetida que causam dor e angústia.
O termo, ultimamente bastante utilizado, atormenta qualquer pai mas uma nova linha de pesquisadores afirma que não pode ser assim.





Brincadeiras como gozar com o "nerd" da turma, rir do cabelo cortado ou implicar com algum colega por causa de algum brinquedo passaram a ser sérias e a ganhar um nome sério, o "bullying".
Os investigadores afirmam que não é correcto andar à pancada, nem que apanhar faz bem mas no entanto uma certa pressão psicológica e física faz parte dessa idade e é uma importante preparação para a vida adulta.
Quando as crianças saem do conforto do lar para ir para a escola descobrem que nem sempre as suas vontades são atendidas e precisam de desenvolver as suas capacidades para negociar um brinquedo ou o lugar para se sentarem. Sem isto, será muito mais difícil lidar com o patrão com os amigos e com outros problemas da vida.

Um estudo realizado com 2 mil crianças entre os 11 e os 12 anos, por uma universidade de Los Angeles, mostrou que aquelas que tinham um rival na turma eram vistas como mais maduras pelos professores. As meninas que reagiam a alguma brincadeira menos própria eram consideradas donas de uma maior competência social e os meninos que tinham inimizades eram melhor comportados.
Nestes casos não havia agressões físicas, sendo que as crianças aprenderam a reagir ao menosprezo, pressão e sarcasmo de que eram alvo e ainda ganharam um certo "status" nas escolas por apresentarem uma maior capacidade em lidar com os problemas.

A recente onda de crimes criou o receio de que as crianças e adolescentes não saibam reconhecer aquilo de que são alvos levando à intervenção de pais, professores e até mesmo casos de polícias para acabar com desavenças na escola.
Esta atitude, chamada de "superprotecção" por parte dos investigadores, revela que os adultos se esqueceram por aquilo que passaram enquanto crianças. Só quando a briga se repete e sai sempre derrotado o mesmo é que os pais devem intervir.

Mudanças repentinas como a queda do desempenho escolar, o aumento da agressividade ou mudanças do humor são sinais importantes Se o problema não for resolvido, o problema poderá estender-se para o resto da vida gerando situações de dificuldade de relacionamento social e baixa auto-estima, tornando-se até vítimas de bullying no trabalho.

Aliás se toda a gente reflectir sobre o seu dia-a-dia aperceber-se-á de que estamos, constantemente, a ser vítimas de "bullying" seja pelo patrão que nos exerce uma pressão para trabalharmos eficazmente, seja pela família que nos pressiona para os melhores resultados escolares ou indirectamente para arranjar forma de a sustentar. Temos ainda a pressão da sociedade que, muitas vezes, gosta de opinar sobre a vida dos outros ou ainda a pressão exercida pelo governo com as constantes medidas contra crise.

A etapa por que passamos enquanto crianças, ajuda-nos a sair da zona de conforto e quem não sair não saberá lidar tão bem com os problemas por ter passado a infância à sombra dos pais...


Fonte: "Super Interessante" Agosto, Brasil
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Redes sociais, o futuro da sociedade?

Vivemos num Mundo onde "reinam" as redes sociais e prova disso é a marca agora alcançada pela maior delas, o Facebook, com mais de 1 bilião de páginas visitadas segundo um serviço de estatísticas do Google.
Este número (nada mais, nada menos do que um 1 seguido de doze 0!) deve-se aos seus cerca de 870 milhões de visitantes que correspondem a 46% das pessoas que usam a Internet.



Tudo isto para mostrar a nossa "dependência" por um "mundo" que de social e real tem pouco. Quase todas as pessoas têm um perfil ou página, na qual partilham a sua vida através de fotos, textos, vídeos, muitas vezes sem qualquer cuidado em salvaguardar determinadas informações, a fim de se obter um "gosto" ou ganhar mais "amigos".

No fundo, deixámos de viver o nosso dia-a-dia em função das nossas responsabilidades e interesses para antes nos guiarmos por um mundo virtual que é baseado num contacto com o computador.
Cada vez mais, trocamos o convívio pessoal por ´"convívios" virtuais levando a um desenquadramento da sociedade e consequentes repercussões a nível intelectual e comportamental.


São os adolescentes e os jovens os principais interessados e alvos destas redes sociais e, por isso, há que estar bem cientes do impacto e dos riscos que estas podem ter.
Cada vez mais os horários escolares estão mais pesados e juntando a isto, em muitos casos, actividades extra-curriculares apenas possiblita 2 ou 3 horas de tempo livre em casa. Se estas horas forem passadas em frente a um computador podemos aperceber-nos do papel educacional (ou não) que este pode desempenhar.

Uma máquina passa a exercer as funções dos pais, e através dela,  muitas outras pessoas desconhecidas. Há vários perigos a ter em conta: como o de burlas em que as pessoas tomam o nome de firmas e pessoas falsas, a "alienização" da vida quotidiana, depressões, a visualização de conteúdos impróprios como pornografia, violência, drogas, crime, o contacto com pessoas suspeitas. Aliás nos dias de hoje tornou-se muito fácil a qualquer pessoa criar uma página fazendo-se passar por outra e através dela conseguir programar encontros como se ouve muitas vezes nos noticiários resultando em raptos e casos de pedofilia.

Cabe aos pais zelar pela educação e protecção dos seus filhos e isto passa por um controlo e vigilância dos conteúdos que estes abordam e informá-los dos perigos que a Internet, e não apenas as redes sociais, podem ter.
É preciso estar alerta e não pensar que só acontece aos outros e incutir um já velho ditado "de não falar com estranhos (pessoas desconhecidas). Há outras medidias que podem ser tomadas como a limitação e proibição de determinados sites e educar os filhos a verem o computador como uma ferramenta de trabalho e uma poderosa fonte de informação com um enorme papel na sua aprendizagem e não apenas como uma fonte de lazer e de jogos.

Claro está que as redes sociais trouxeram benefícios indiscutíveis para a sociedade possibilitando a divulgação de diversas marcas e produtos, permitiu a aproximação da população mundial (globalização) através do "encontro" entre amigos distantes e o reencontro de colegas antigos. Têm um enorme papel na discussão de vários temas e na troca de informação nomeadamente de doenças raras através da criação de grupos e comunidades.
Todo este fanatismo levou à criação de muitos anúncios que são divulgados por estas redes e que têm permitido aos fundadores destas redes ganhar grande fortunas.

Cabe a cada um gerir o seu tempo da melhor forma possível e aproveitar os benefícios das redes sociais sem cair na sua dependência, perceber o papel que estas têm e que vão continuar a ter e estar bem ciente dos riscos existentes.





Fontes: http://www.publico.pt/Mundo/facebook-atinge-um-biliao-de-paginas-visitadas_1509208
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Frankenstein do século XXI


Toda a gente conhece a história da criação que mata o criador! Ora, com a velocidade a que a ciência e a tecnologia evoluem, surgem questões que nos fazem pensar... Uma delas é mesmo: será que algum dia a capacidade intelectual de uma máquina, como um computador, poderá ultrapassar a do seu criador? A afirmação à pergunta é assustadora e remete-nos o pensamento para cenas cinematográficas como as do “I, Robot” ou do The Terminator!

Pois é, os cientistas tendem a criar máquinas robotizadas cada vez mais “perfeitas", cada vez com mais e melhores gadgets e habilidades. Está-se a caminhar no sentido da consciencialização e inteligência em robots! O que no passado era um simples quebra-nozes pode no futuro ser um robot multi-tasks com pensamento e sentimentos preparado para nos “quebrar” um olho porque não o limpámos convenientemente… Demasiada imaginação? Talvez… o tempo o dirá!

Hoje, existe já um robot, o Watson, criado pela IBM para responder a “qualquer” pergunta. Foi posto à prova num concurso de televisão Norte-americano e mundialmente conhecido: Jeopardy!, onde foi capaz de derrotar os melhores concorrentes do programa, ganhando o primeiro prémio, 1.000.000 de dólares. 
 
3º programa em que o Watson participou - parte 1

3º programa em que o Watson participou - parte 2

Ora bem, este ainda não é bem um exemplo de inteligência artificial pois o Watson não sabia as respostas às questões porque leu nalgum lugar, mas sim porque os humanos lhe deram uma gigantesca base de dados com enciclopédias, dicionários, artigos noticiosos, obras literárias, etc.…


No que diz respeito ao audiovisual, duas multinacionais já desenvolveram máquinas com conteúdos 3D sem a necessidade de óculos! No futuro serão os projectores holográficos.

Roupas que nos tornam invisíveis, carros que levitam, visão raio-X em óculos, parecem bastante ficção científica mas constituem actuais projectos de investigadores de todo o mundo!

Como ainda não foi criada uma máquina do tempo, resta-nos esperar para ficarmos espantados com o que aí virá, tal como os nossos antepassados devem ter ficado quando viram pela primeira vez uma lâmpada eléctrica ou uma televisão!

Fonte:  CNET news

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Emigrar? Para onde?

Para qualquer português, ligar a televisão, está a tornar-se um autêntico sofrimento. Todos os dias, em todos os noticiários, somos confrontados com constantes medidas que afectarão o nosso dia-a-dia e as consequências dessas mesmas medidas. No fundo, apodera-se de nós um desespero por nada podermos fazer contra isto, por não sabermos o que nos espera e pior do que a própria "crise", é a perda da esperança e da confiança naqueles que nos governam.

Emigração

Dito isto, não é de admirar que muitos portugueses vejam a hipótese de emigrar como uma possiblidade a ter em conta (alguns como a única mesmo).

Um estudo realizado pela empresa de estudo de mercados internacional (GfK) que abrangeu 29 países, revelou que 43% da população portuguesa activa está à procura de outro emprego e cerca de três em cada dez portugueses estão mesmo dispostos a procurá-lo noutro país. Destes, 54% têm entre os 30 e os 39 anos e 42% têm formação superior.
De acordo com o estudo, esta percentagem é mais acentuada junto dos jovens trabalhadores, entre os 18 e os 30 anos (40 por cento). 25% coloca ainda a hipótese de vir a mudar de carreira.

«Os nossos resultados indicam um risco de ‘fuga de cérebros’ no próximo ano, o que originará problemas significativos para as empresas e para os países que procuram recuperar da recessão», explicou o director-geral da GFK Portugal, António Gomes.

«Um terço dos empregados na área de Investigação e Desenvolvimento está também disposto a mudar de país – precisamente os postos de trabalho que muitos países identificam como cruciais para a sua recuperação», frisou.

Em Portugal, este estudo foi realizado durante os dias 11 e 22 de Fevereiro, com uma amostra de 547 indivíduos.


Mas para onde ir?

O Índice de Desenvolvimento Humano, elaborado anualmente pelas Nações Unidas, analisa parâmetros como a sáude,  igualdade entre os sexos, educação e a liberdade política de 169 países.

Pelo oitavo ano consecutivo (!) é a Noruega que lidera a lista, apresentando uma esperança média de vida de 81 anos, um rendimento médio per capita de 41 848euros e um percurso escolar de 12 anos.
O "top 5" inclui ainda a Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda.
No outro extremo temos o Zimbabué que tem uma esperança média de vida de 47 anos e um rendimento per capita de apenas 125euros.

Falando em particular de alguns parâmetros o Liechtenstein lidera em termos de rendimentos per capita com o valor de 57 022euros enquanto que o Japão lidera em termos de esperança média de vida com cerca de 83,6 anos.


Portugal aparece em 40º lugar, sendo que se vive melhor em países como a Eslovénia, Eslováquia, Bahrein ou Quatar.

O Leste da Ásia e a zona do Pacífico tiveram o melhor desempenho do Mundo durante os últimos 40 anos, apresentando o dobro das conquistas em relação ao resto do Mundo e, como a tendência se continuará a manter, em breve alcançarão os países do topo da lista. A China apresenta, inclusivamente, o 2º melhor desempenho desde 1970, altura em que foi realizado o primeiro estudo.




São os mais jovens da nova "geração à rasca" que apresentam as melhores hipóteses para sair do país uma vez que muitos deles ainda não constituiram uma família, apresentam um espiríto aventureiro, estão mais instruídos, ainda têm idade para arriscar e vêem o seu futuro em Portugal como algo muito incerto.

Temos ainda os "génios" que à falta de condições e oportunidades em Portugal vêem quase "obrigada" a sua ida para o estrangeiro não contribuindo, por isso, para o desenvolvimento e recuperação do seu país.


Mas emigrar ou não já deixou de ser uma questão de patriotismo e passou a ser uma questão de subsistência...

Quer fiquem ou não, por favor, não liguem a televisão!



Fontes: http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=22319
             http://aeiou.visao.pt/ha-39-paises-melhores-para-se-viver-do-que-portugal=f578200
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